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domingo, 26 de fevereiro de 2012

11 de Setembro


  Os atentados de 11 de setembro marcaram a história americana e mundial no século XXI como Pearl Harbor no século XX. Foi entre outras coisas, o álibi para iniciar a “guerra contra o terrorismo” contra países muçulmanos a fim de assegurar seu controle sobre as fontes de petróleo. Mas não só isso serviu para legitimar o poder de um presidente após uma eleição conturbada.
Essa “guerra contra o terrorismo” aumentou o choque entre civilizações, culturas e serviu para criar um inimigo aos Estados Unidos tão grande, ou ainda maior do que a União Soviética na época da Guerra Fria, mas também criou um inimigo abstrato, que não era um Estado. Além do Afeganistão, que abrigava a Al Qaeda, outro alvo dos Estados Unidos foi o Iraque(que aparente mente não tem nenhuma conexão com a Al Qaeda nem o Afeganistão), o que reforça ainda mais a teoria que a guerra serviu para controlar as reservas de petróleo.
A criação de um medo contra os terroristas colocou os americanos em pânico, e o governo adotou uma série de medidas que reforçaram esse sentimento, criando um estado semelhante à Alemanha nazista, restringindo as liberdades dos cidadãos e deportando e prendendo cerca 1200 estrangeiros, muitos sem acusação prévia. Também houve uma mobilização dos Estados Unidos colocando o mundo contra ou a seu favor, sendo que os contrários a seus interesses seriam a favor dos terroristas, criando um clima semelhante ao da Guerra Fria. E George Bush, um homem primário, diferente de seu antecessor, Bill Clinton, não hesitou a violar leis do Direito Internacional transformando os Estados Unidos em seu governo na maior ameaça à paz e à segurança mundial.
Era também necessário criar novas missões para a CIA, que estava quase inativa desde a Guerra Fria, enquanto o FBI se expandia, sobretudo no Leste Europeu. Tanto o FBI, quanto a Cia, já tinham informações necessárias que levassem a crer que a qualquer momento os EUA fossem atacados por terroristas, como militantes de grupos islâmicos que faziam curso de aviação. Eleanor Hill, antiga Inspetora geral do Departamento de Defesa e chefe da equipe formada pelo comitê do Congresso para investigar as falhas que permitiram os ataques de 11 de setembro, e 1998 a agosto de 2001, a Cia e o FBI receberam informações dos interesses da Al Qaeda a atacar Washington e Nova York. Foi como se os houvesse uma manipulação dos ataques para instituir a ditadura planetária das grandes empresas e do capital financeiro com os Estados Unidos à frente.  

Causas da Primeira Guerra Mundial


    Pode-se dizer sob diversos aspectos, que Primeira Guerra mundial marcou a História e Geografia mundial. Nunca antes houveram tantas pessoas envolvidas numa guerra, as divisões geográficas dos paises envolvidos e suas colônias sofreram diversas mudanças. Foi um conflito com a participação das grandes potencias políticas da época, utilizando a capacidade produtiva de suas indústrias em grande escala marcando entre outras coisas, o fim de um período de estabilidade política chamado de Belle Époque.
Para buscar as origens da Primeira Guerra Mundial, voltamos a segunda metade do século XIX. Era uma época em que a produção industrial era maior do que se podia consumir, havia então uma busca por novos mercados consumidores o que explica uma nova expansão territorial e rivalidade econômica e política dos países industrializados. Era notório o domínio geográfico de países como a Inglaterra (que possuía o correspondente a 20% de terra firme do mundo em 1909), França e Bélgica, que possuíam diversas colônias na Ásia, África e Oceania. Alemanha e Itália por causa de suas unificações políticas tardias, entraram por ultimo nesse processo. Em 1914 (ano de início da guerra), 60% das terras e 65% da população mundial dependiam da Europa para se manter. Nessa época, nota-se uma europeização cultural dos territórios ocupados.
    A Alemanha criou diversos conflitos com países vizinhos que exerciam influencia em regiões estratégicas na África, pois os alemães se sentiam frustrados pelo país ter menos possessões que Inglaterra e França. Então o imperador Guilherme II organizou uma grande marinha, colocando em prática sua política agressiva para controlar militarmente suas colônias. Porém essas políticas não foram vistam com bons olhos pela Inglaterra, que viu ameaçada sua supremacia naval. Paralelamente à expansão colonial africana e asiática, a Alemanha buscava áreas de influência econômica no mediterrâneo e Império Otomano. Com a construção da estrada de ferro, Berlin-Bagdá (que passava por Constantinopla), os interesses alemães se chocaram com os interesses econômicos russos e ingleses para a região. Nas metas bélicas elaboradas pela Alemanha, contava um grande império bélico na Europa central e leste europeu, incluindo o controle dos povos eslavos, o que poderia servir para a realização de um sonho nacionalista alemão, o pan-germanismo, que visava a unificação do povo alemão e a submissão de regiões habitadas por várias etnias. Juntamente com os conflitos imperialistas, o nacionalismo foi à tônica da primeira guerra mundial.
Inicialmente o pan-germanismo era um movimento que visava unificar a Alemanha, juntando a população pela questão lingüística, segundo Humboldt, “a verdadeira pátria é a língua”, algo que era difícil numa Europa em que quase nunca as fronteiras geográficas coincidiam com as fronteiras lingüísticas. Com o chanceler Otto Von Bismarck na liderança prussiana e diversas políticas militares, a unificação alemã foi concretizada após a guerra franco-prussiana, tendo Guilherme I como imperador. Após a unificação, Bismarck criou um sistema de alianças, visando proteger o império alemão em expansão e garantindo a paz na Europa. Esse sistema de alianças visava principalmente excluir a possibilidade e uma aliança francesa com a Rússia para tentar readquirir territórios perdidos na guerra franco-prussiana, assim Bismarck criou alianças com todos os países, excluindo a própria França.
Entre os movimentos nacionalistas na Europa, além do pan-germanismo, podemos citar o pan-eslavismo(que visava a unificação dos povos de língua eslava e se chocava com o pan-germanismo pois muitos habitantes do império austro-húngaro tinham essa característica), pan-islamismo(que visava a unificação dos povos que pertenciam ao islamismo)e a Grande-Sérvia(que tinha como objetivo tornar a Sérvia em um país geograficamente maior).
    Com a morte de Guilherme I, em 1888, seu neto Guilherme II sobe ao poder e inicia uma série de políticas que contrariavam o governo anterior com análises diplomáticas imprudentes e impulsivas. Em 1890 Guilherme II demite Bismarck, o que significou o fim dos esforços diplomáticos para manter o equilíbrio europeu, desmoronando assim o sistema de alianças. Porém o novo imperador, criou uma nova aliança, agora com a Itália e Império Austro-Húngaro, chamado de Tríplice Aliança, se opondo á Tríplice Entende que era formada por Grã Bretanha, França e Rússia. Em 1898, Guilherme II fez um visita ao Oriente Médio (área estratégica para os interesses imperialistas e nacionalistas), num discurso contrário ao pan-islamismo, consegue concessão para construir a estrada de ferro Berlin-Bagdá(como foi dito anteriormente), que lhe daria controle sobre esses mercados, até então controlados por franceses, ingleses e russos. Em 1905, aproveitando a guerra russo-japonesa, a Alemanha se apodera dos Marrocos, percebendo que a França não contaria com o auxilio russo (nessa época já vigorava a aliança entre França e Rússia e os franceses queriam dominar os Marrocos pela importância geográfica da região tanto para seu comercio quanto para defesa de outras regiões que possuíam na África). O conflito cessou apenas com a conferência de Algeciras na Espanha em 1906, que confirmou a supremacia francesa na região e concedeu terras á Alemanha no sudoeste da África.
    Em 1908, o Império Austro-Húngaro, anexou a Bósnia e a Herzegovina (territórios de população eslava), contrariando os interesses sérvios e russos, criando um ambiente de conflito na região dos Bálcãs eclodindo guerras em 1912 e 1913. Em 1914, ocorreu o assassinato do herdeiro do império Austro-Húngaro, o Arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo (capital da Bósnia e Herzegovina) por Gavrilo Princip, um estudante sérvio era ligado à organização pan-eslavista conhecida como Mão Negra. O arquiduque tinha planos de transformar a “Monarquia Dual” em “Monarquia Trial”, contrariando dos planos militantes do movimento nacionalista Grande-Sérvia e do pan-eslavismo.